Escola EB 2,3/S de Nordeste (Nordeste)

Escalão 2 - escolas de outros níveis de ensino a partir do 2º ciclo (inclusive)

Fotografias:

Memória Descritiva:

Para participar no concurso “CRIA UMA FRUTA, COLHE OS PRÉMIOS” ação promovida pela Compal e pela TETRA PAK, em parceria com o Programa Eco-Escolas, a EBS do Nordeste escolheu representar o ANANÁS, ex‐libris da ilha de São Miguel e dos Açores.
Numa primeira fase, os alunos procederam à pesquisa sobre o fruto, a sua introdução no arquipélago dos Açores, a importância do mesmo na economia micaelense e os seus benefícios nutricionais.
Assim concluíram que o ananás foi introduzido nos Açores em meados do século XIX, em especial na ilha de S. Miguel, como planta ornamental, passando, aos poucos, para consumo nas casas abastadas. Fizeram-se as primeiras estufas e os ananases começaram a ser cultivados em vasos. A primeira exportação de ananases data do dia 12 de Novembro de 1864. O entusiasmo pela cultura cresceu e começaram a construir-se muitas estufas. Em Janeiro de 1874, o «Gardener’s Chronicle», dizia: «a cultura do ananás na Ilha de S. Miguel tem tomado grande incremento; a última colheita realizou interesses de consideração nos mercados ingleses, sendo a sua qualidade reconhecidamente superior à dos frutos de produção estrangeira».
Este é um fruto de qualidades ímpares a nível de aroma e sabor. São necessários dois anos, desde a plantação até à colheita, para se obter um ananás dos Açores.
Os alunos descobriram, igualmente, que os benefícios nutricionais do ananás são tão fascinantes como a sua anatomia. O ananás pode contribuir com cerca de 20% da dose diária recomendada de vitamina C, que contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis. Além disso, esta vitamina tem muitas outras funções no organismo, já que contribui para o normal funcionamento dos sistemas imunitário e nervoso e da função psicológica e participa na normal formação de colagénio para o funcionamento dos ossos, dentes, cartilagens e pele.
O ananás contém fibras dietéticas, que são essenciais na manutenção da regularidade dos intestinos.
Este fruto pode, também, ajudar a reduzir as secreções da garganta e do nariz. Aqueles que sofrem de alergias devem considerar a introdução do ananás na sua dieta alimentar, para reduzirem a sinusite a médio prazo.
Após o trabalho de pesquisa, elaborado pela turma C do 5º ano, nas aulas de Cidadania, procedeu-se à análise da forma, tamanho e compostos do mesmo para conceção dos projetos de construção da fruta.
Dos projetos apresentados, a turma selecionou aquele que deu origem ao fruto agora apresentado.
Assim, e com o cuidado de utilizar ao máximo as embalegens Tetra Pak da Compal, recolhidas com o apoio das assistentes operacionais do Bar, o fruto tem como estrutura um garrafão PET de 5 litros, a aludir à forma fusiforme do fruto, no qual foram colocados octógonos em origami, construídos a partir das embalagens do sumo e que representam a casca, em escamas, do fruto. A planta, bem como a coroa do ananás foram reproduzidos em embalagens Tetra Pak de leite, tendo-se selecionado as partes mais verdes, de forma a não se utilizar qualquer tipo de tinta. Nas folhas pode ler-se a inscrição “Terra Nostra”, que reforça o orgulho que temos na fertilidade dos nossos solos, que com técnicas agrícolas rudimentares e sem o recurso a químicos e a máquinas, conseguem produzir um fruto tão apreciado em todo o mundo.
Refira-se que o fruto apresenta as dimensões de 48 cm de altura e 21 de largura. Com a estrutura do vaso fica com as dimensões de 60 cm de altura pró 48 cm de largura.
Quando concluído o fruto foi colocado num vaso, feito com a casca da criptoméria, uma árvore muito comum nos Açores, que fornece uma madeira leve, macia e aromática, utilizada na marcenaria e na construção naval.
Este ANANÁS, acompanhado de uma pequena exposição de cartazes com a história do fruto e a listagem dos benefícios nutricionais, encontra-se exposto no hall de entrada da escola, para que toda a comunidade educativa possa conhecer o projeto sujeito a concurso.