Escola Secundária de Lagoa (Lagoa (Açores))

Escalão 2 - escolas de outros níveis de ensino a partir do 2º ciclo (inclusive)

Fotografias:

Memória Descritiva:

MEMÓRIA DESCRITIVA DA CONSTRUÇÃO DA FRUTA REPRESENTANTE DA ESL,
NO ÂMBITO DO CONCURSO “Cria uma fruta, colhe os prémios”
Identificação da turma:
A Unidade Especializada com Currículo Adaptado da Escola Secundária de Lagoa é composta por 7 alunos, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos de idade, do sexo masculino.
Processo de Criação da fruta:
A escolha da fruta a criar, o ananás, pareceu-nos a escolha óbvia, dada a importância deste fruto para a região e a fama que possui a nível nacional e internacional! Além disso não nos podemos esquecer que esta fruta tem o apelido de “rei da fruta”, pelo aspeto de coroa que existe em si e é um produto de origem certificada.
Desde o surgimento da ideia para a participação no citado concurso, o tema foi desenvolvido ao nível do concreto, pois os alunos da turma em questão revelam um pensamento maioritariamente desta categoria.
Os objetivos primordiais da turma foram:
• melhorar os conceitos que os alunos possuem acerca da realidade envolvente;
• potenciar as aprendizagens coletivas;
• fomentar a criatividade;
• reutilizar materiais;
• participar numa iniciativa de âmbito nacional de valorização do meio ambiente.
O ananás foi introduzido nos Açores nos meados do séc. XIX (originário da América Tropical e Subtropical), em especial na ilha de S. Miguel, como planta ornamental, o seu cultivo foi efetuado aos poucos e dirigido para consumo das casas ricas. Fizeram-se as primeiras estufas e os ananases começaram a ser cultivados em vasos. O primeiro cultivador de ananases, Sr. José Bensaúde, foi o responsável, efetuando experiências neste sentido. A necessidade de encontrar um substituto para a laranja que se encontrava afetada por uma doença, a gomosa, foi a causa principal para a procura de um novo produto que preenchesse o vazio deixado por esse fruto no circuito comercial de exportação.
O Ananás dos Açores/S. Miguel (Ananas comosus L. Merril, variedade Cayene) é produzido em estufas de vidro utilizando técnicas de cultivo tradicionais: aplicação de "fumos" e utilização de "camas quentes" à base de matéria vegetal. Ao fim de um período de dois anos, desde a plantação até à colheita, obtém-se um fruto de qualidades ímpares de aroma e sabor. A cultura foi introduzida em S. Miguel por volta de 1840-50, sendo comercializado na Europa há mais de um século. Este é um fruto de forma cilíndrica, ligeiramente afusado, com casca laranja forte e polpa amarela. A polpa do ananás apresenta uma coloração amarela translúcida, um sabor agri-doce sui generis e um aroma muito agradável. É uma fruta formada pela fusão de várias flores em torno do seu núcleo central mais rígido. Quando o ananás é descascado, torna-se fácil de identificar os restos de algumas partes das flores ainda presentes em botões circulares espalhados logo abaixo da casca que reveste a fruta. A parte comestível do ananás é a polpa, que apresenta uma forma suculenta e uma coloração amarela. A polpa mais próxima do ananás tem uma maior concentração de açúcar do que a parte superior. Pode ser consumido ao natural ou de forma processada, como conserva em calda, sumo, cristalizado, licor, geleia, entre outros.
O ananás tem um elevado conteúdo formado por água e um baixo valor energético. É bastante comum ouvir dizer que uma fatia de ananás no final de cada refeição “ajuda à digestão”. O que pode ser explicado pois o ananás é uma fruta rica em vitaminas C e B6, folato, tiamina, ferro e magnésio, contendo ainda bromelaína e uma enzima que por si estimula a digestão. Destaca-se o conteúdo em vitamina C, tal como o potássio e magnésio. O teor de fibra é moderado.
Materiais utilizados:
Pacotes de sumos da marca Compal; cartolina; cartão; cola.
Metodologias:
No desenvolvimento do fruto, foram utilizadas técnicas de desenho em cartão; corte deste material, com recurso a tesoura; recorte de pacotes com tesoura; desenho de moldes para o fruto; colagem com cola quente.
Reflexão final:
Pelo terceiro ano consecutivo, os alunos que integram a Unidade Especializada com Currículo Adaptado, da Escola Secundária de Lagoa sentiram uma grande satisfação ao integrarem a equipa de realização do fruto a concorrer à iniciativa aqui proposta.
Todavia, considerando a existência de apenas dois escalões, a saber: 1- jardins de infância e escolas de 1º ciclo; e 2 - escolas de outros níveis de ensino, a partir do 2º ciclo (inclusive), sentimos uma dificuldade acrescida na integração do trabalho numa das duas categorias existentes, dado que os alunos do grupo apresentam necessidades educativas especiais.
Deste modo, gostaríamos que tivessem em conta as especificidades dos alunos da turma na avaliação dos trabalhos, sugerindo, para o próximo ano letivo, a criação de um escalão que contemple os alunos portadores de deficiência.